terça-feira, 14 de junho de 2011

O GATO


                                                                     Paul Klee

                                                 O gato tem sete vidas.                  
                                                 Ninguém mais.
                                                 Não se mate para mim.
                                                 Não irei te ressuscitar.

6 comentários:

  1. Esta então é a lenda que se equipara a do gato? De austero respeito, paciente, atento, fiel e amigável. Ao mesmo tempo misterioso.
    De incomum sabedoria e permanente meditação. Que não pede amor e nem dele depende.
    Afeição íntima e verdadeira.
    Se me permite:
    Nossa felina PAIXÃO!

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  2. "...Não creia que aquele grande amor que um dia se impôs ao senhor, quando garoto, perdeu-se. Será possível saber com certeza se, naquele tempo, não amadureceram grandes e belos desejos, propósitos dos quais o senhor vive ainda hoje? Acredito que aquele amor permanece tão forte e intenso em sua lembrança porque foi sua primeira solidão profunda, o primeiro trabalho íntimo com que o senhor elaborou sua vida."
    Rainer Maria Rilke
    Cartas a um jovem poeta

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  3. Reponderia à senhora (Rainer Maria Rilke) complementando tratar-se duma falta constante que busca a completude de um amor perdido, desejando sempre reencontrá-lo. Sendo que este o permanecerá enquanto falta. E, justamente por haver uma falta naquele que ama, que ele vai ao encontro do Outro o que ele acredita estar oculto, para responder ao seu desejo de ser integral.

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  4. Ser encontrada pelo amor e descobrir que agora ele invade sua casa e toma posse de um trono, que sempre fora dele, mas que ali estava`a sua espera, desocupado, pois a nenhum outro servira... A magnitude, força e excelência do AMOR verdadeiro, não admite falsificações. Sim, admite outras presenças, mas jamais colocadas no trono do REAL AMOR. Deixando assim, os dois seres, vivendo nas suas solidões acompanhadas, mas nunca preenchidas de fato. Apenas será um com o OUTRO que poderão coroar-se e viverem a verdadeira complitude de VIDA.

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  5. ERRATA:
    Leia-se no comentário anterior: o que apenas se supõe complementar o pensamento do poeta
    alemão o senhor Rainer Maria von Rilke.

    Independente disso:
    “Jamais você me olha lá de onde te vejo, inversamente, o que olho nunca é o que quero ver”. (JL)

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  6. Como um gato que ressucitado:

    O homem é fundamentalmente desejo de ser e a existência deste desejo não deve ser estabelecida por uma indução empírica; ela resulta de uma descrição a priori do ser do para-si, já que o desejo é falta e que o (para-si) é o ser que é para si mesmo sua própria falta de ser.

    O que só há, apenas, do REAL.
    E de que nada se possa ou deva intristecer.

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