Seu shortinho minúsculo, mal tapava as bochechas de suas nádegas flácidas e murchas. Gostava de calçar aquelas sandálias vermelhas, apesar de não serem confortáveis, seus calos já se acomodavam por entre as tiras de couro gasto. Enquanto troteava na avenida vazia, ajeitava os seios que insistiam em pular para fora do sutiã preto de renda. Só mais um cliente e terminaria seu turno.
Ouviu o assobio suave que vinha do outro lado da rua. Aproximou-se do estranho, segurou sua mão e o guiou até o beco escuro. De joelhos, em meio ao lixo, fez seu serviço. O sujeito tinha pressa em expelir toda sua ânsia para dentro dela. Cuspiu, limpou os lábios com o dorso da mão. Partiu com seus vinte reais na bolsa prateada que carregava junto aquele corpo, que não lhe pertencia mais.
AO VAZIO DO CORPO:
ResponderExcluirSó se goza de parte do corpo do outro.
O corpo pode ser pensado e estudado a partir de sua concepção dos três registros fundamentais: do ponto de vista do Imaginário, o corpo como imagem, do ponto de vista do Simbólico, o corpo marcado pelo significante, e do ponto de vista do Real, o corpo como sinônimo de gozo.
As diferentes relações com a satisfação que um sujeito falante pode experimentar no uso de um objeto desejado, postulando que a questão da
satisfação também se inscreve na rede de sistemas simbólicos que dependem da linguagem.
SIM, O CORPO É VAZIO..., PREENCHIDO NO ESTADIO.
O Estádio do Espelho como formadora
da Função do 'jé'
gozo quando sinto teu gozo em mim
ResponderExcluirsou o gozo do teu gozo
meu desejo é ser o teu desejo
meu corpo reflete a imagem do teu significante
sou o teu real
sou o teu simbólico
sou pois tua, por toda eternidade
SUR DEMANDE -
ResponderExcluirÉ... meu caro ANÔNIMO!
Nessa batalha, lutam melhor os que têm os mais belos sonhos...
...e as dificuldades é que incentivarão a luta do homem e orientarão os seus caminhos.
Afinal:
- Est le prix de l'or!
alguém disse
ResponderExcluir"somos do tamanho dos nossos sonhos"
Gozo triste
ResponderExcluirAlma vazia de sgnificado
A alma do outro ela cuspiu e limpou a boca
A alma do outro ficou no chão daquele beco
A alma dela transmutou-se em vinte reais
A sua alma ela carrega na bolsa prateada
A sua alma se tornará agora uma lata de leite e sua passagem para casa.
Lá ela olhará seu filho e em seu rosto verá os traços de todos os homens de outrora.
Olhará o próprio rosto no espelho e perceberá que em seu filho nada há de seu.
Apesar de tudo ele é um lindo bebê.
Razão para que se mantenha viva.
Para que se mantenha o corpo vivo
Pois a alma...
A alma jaz no balcão da mercearia e na catraca do coletivo.
Obrigado por me inspirar, minha querida!!!
Muito feliz por entrar em seu blog e ter vontade de criar.
Obrigada Tiago por deixar um pouquinho da tua alma aqui no blog!
ResponderExcluirFaça deste mais um espaço para tuas valiosas criações!
grande abs