segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DUELO

                                                               Kandinsky

        Linhas negras torturadas se contorcem. Dançam ao som de uma música surda orquestrada pelo colorido empalidecido que se sobrepõe.
        Apenas alguns sinais da personalidade sanguinária do vermelho se fazem presente. Desvitalizada, se rende à força do negro que domina a cena. E ele, perseguido pelo escuro do azul, que o contorna e sufoca, tenta escapar por finas linhas correndo para dentro de um amarelo morto. O verde esmorecido, sem oxigênio é relegado às bordas.
        Nasce no centro um cogumelo tetro, rajado, como a bomba de Hiroshima que paira num universo de cores, mas sem luz.

2 comentários:

  1. Designaria tal Duelo: 'O Sinthoma'.

    Mesmo que o crescimento e a formação do
    sujeito se engajem das formas objetivamente
    diversas; abstraem-se por meio dos
    sintomas psicomotores e denotam assim da
    psique e o corpo, a fazer com que exista (no real)
    uma clara dinâmica entre eles.

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  2. Fer, boa noite passei aki só pra te deixar um abraço, vc anda muito sumida do café, se vc quizer
    post um alô pra mim no teu twitter te leio lá.
    Bjoos
    Mano

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