segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Waldeny Elias e seus legados


     " Simetria e equilíbrio de composições metafísicas, feitas mais para ver, menos para explicar... devolver ao olho a apreensão das formas..."
                             Waldeny Elias




        Waldeny Elias foi um dos maiores representantes da arte moderna no RGS (1958-1970).  Sua importância foi muito além das suas inovações artísticas, ele foi um poeta, um profeta.

         Quem tiver a oportunidade de ler o livro de Marilene Burtet Pieta "A Modernidade da Pintura no RGS", poderá entender um pouco mais deste gênio da nossa pintura.

          Meu contato com o próprio Elias foram breves encontros em suas exposições, onde pude me deleitar com suas obras. Não o conheci muito bem, mas conheço, acho que seu melhor amigo, grande admirador e aluno Victor Barreto. Artista também, de alto calibre e sensibilidade que teve acesso até  às entranhas das obras de Elias.

          Victor pintou muitas vezes com Elias, eram grandes amigos, algo como pai e filho, irmãos... Irmãos de alma. Cada vez que entro na casa de Victor sinto a presença de Elias, não só pelos quadros espetaculares, que estão em cada canto,mas pela marca indelével que ele deixou na vida e no trabalho de meu amigo. Sei que a vida dele não será a mesma sem Elias...
        
           Infelizmente perdemos um ícone de nossa pintura. Mas Elias deixou além de suas obras, uma grande influência nos trabalhos de Victor Barreto.

       Sou privilegiada por poder conviver com as obras de Victor e de Elias na minha casa, mas muito mais por ter um amigo com tanta sensibilidade e profundidade, capaz de fazer arte como poucos hoje em dia ainda o fazem, que é com o coração.
      Estar com Victor e sua família é estar respirando arte e cultura. É sair um pouco desta realidade empobrecida e adentrar num mundo colorido,criativo, inteligente, alegre e cheio de amor...

          Sou fã incondicional destes artistas e desta família.

      " Formulo valores existencias humanos e de sua própria eternidade nas formas de pintura. Não importa a particularidade(...) dentro do que faço há sempre um ato de fé. Comungo com a dignidade humana."
                    W. Elias

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