Entravas em casa e me despejavas o rancor e o peso do teu dia
com o cheiro amargo de tua boca que intoxicava meus sentidos
Alinhavas sempre os quadros na parede, centralizavas o sofá e o tapete
Organizavas muito bem o vazio que se espalhava entre nós
Ao deitarmos,nossos lençóis sempre esticados e limpos
Acordávamos e nossa cama permanecia arrumada e fria
O silêncio era nossa trilha sonora
A morte encontrou seu refúgio em nossas vidas
Sequei, mas tinha sede de vida
Já passou
Mas um dia queria que soubesses
Que por isso, te deixei...
com o cheiro amargo de tua boca que intoxicava meus sentidos
Alinhavas sempre os quadros na parede, centralizavas o sofá e o tapete
Organizavas muito bem o vazio que se espalhava entre nós
Ao deitarmos,nossos lençóis sempre esticados e limpos
Acordávamos e nossa cama permanecia arrumada e fria
O silêncio era nossa trilha sonora
A morte encontrou seu refúgio em nossas vidas
Sequei, mas tinha sede de vida
Já passou
Mas um dia queria que soubesses
Que por isso, te deixei...
| S. Dali |
Fernanda tua veia literária esta cada vez melhor, adorei este Abandono, bem como esta ilustração é uma das minhas preferidas, este vulto de mulher com silhuetas bem traçadas olhando ao longe o que já foi dela um dia, tem muito a nos fazer meditar
ResponderExcluirObrigada Dirceo
ResponderExcluirAs ilustrações que posto aqui, são sempre significativas para mim. Tenho uma paixão especial por Salvador Dali. Este quadro nos leva para longe...
Profundo.Forte.MUITO BOM
ResponderExcluirOi Fernanda! Linda a poesia e o Dali...Que bom ter notícias tuas, especialmente assim, de forma tão inspirada. Parabéns pelo blog, vamos ficar em contato! Abraço, Selene.
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